O direito reside na força.
A liberdade é uma idéia.
O liberalismo.
O ouro.
A fé. A autonomia.
O despotismo do capital.
O inimigo interno.
A multidão.
A anarquia.
A política e a moral.
O direito do mais forte.
O poder judaico-maçônico é invencí-vel.
O fim justifica os meios.
A multidão é cega.
O alfabeto político.
As discórdias dos partidos.
A forma de governo que melhor con-duz
|
Ao nosso fim é a aristocracia.
As bebidas alcoólicas.
O classicismo.
A devassidão.
O princípio e as regras do governo Ju-daico e franco-maçon.
O terror.
Liberdade. Igualdade. Fraternidade.
O princípio do governo dinástico.
A destruição dos privilégios da aristo-cracia
dos cristãos.
Cálculo psicológico.
Abstração da liberdade.
Removibilidade dos representantes do povo. |
Abandonando toda e qualquer fraseologia, estudemos cada idéia
em si mesma e esclareçamos a situação com comparações
e deduções.
Formularei, portanto, nosso sistema do nosso ponto de vista e do ponto
de vista dos cristãos.
É preciso ter em vista que os homens de maus instintos são
mais numerosos que os de bons instintos. Por isso se obtém
melhores resultados governando os ho-mens pela violência e o
terror do que com discussões acadêmicas. Cada homem aspi-ra
ao poder, cada qual, se pudesse, se tornaria ditador; ao mesmo tempo,
poucos são os que não estão prontos a sacrificar
o bem geral para conseguir o próprio bem.
Quem conteve as feras chamadas homens? Quem os guiou até agora?
No princípio da ordem social, submeteram-se à força
bruta e cega, e mais tarde, à lei, que é essa força
mascarada. Concluo, pois, de acordo com a lei da natureza, que o direito
reside na força (1).
A liberdade política é uma idéia e não
uma realidade. É preciso saber aplicar es-sa idéia,
quando for necessário atrair as massas populares ao seu partido
com a isca duma idéia, se esse partido formou o desígnio
de esmagar o partido que se acha no poder (nota: ex: Rev. Francesa).
Esse problema torna-se fácil, se o adversário recebeu
esse poder da idéia de liberdade, do que se chama liberalismo,
e sacrifica um pouco de sua força a essa idéia. E eis
onde aparecerá o triunfo de nossa teoria: as rédeas
frouxas do poder serão logo tomadas, em virtude da lei da natureza,
por outras mãos porque a força cega do povo não
pode ficar um dia só sem guia, e o novo poder não faz
mais do que tomar o lugar do antigo enfraquecido pelo liberalismo.
Nos dias que correm, o poder do ouro substituiu o poder dos governos
liberais. Houve tempo em que a fé governou. A liberdade
é irrealizável, porque ninguém sabe usar
dela dentro de justa medida. Basta deixar algum tempo o povo
governar-se a si mesmo para que logo essa autonomia se transforme
em licença. Então, surgem dis-sensões
que em breve se transformam em batalhas sociais, nas quais
os Estados se consomem e em que sua grandeza se reduz a cinzas.
Se o Estado se esgota nas suas próprias convulsões
ou se suas comoções intesti-nas o põem
a mercê dos inimigos externos, pode ser considerado
irremediavelmente perdido; caiu em nosso poder. O despotismo
do capital, intacto entre nossas mãos, aparece-lhe
como uma tábua de salvação, à
qual, queira ou não queira, tem de se a-garrar para
não ir ao fundo.
Aquele cuja alma liberal quiser considerar esses raciocínios
como imorais, per-guntarei: se todo Estado tem dois inimigos,
e se lhe é permitido, sem a menor pecha de imoralidade,
empregar contra o inimigo externo todos os meios de luta,
como, por exemplo, não lhe dar a conhecer seus planos
de ataque ou defesa, surpreendê-lo à noite ou
com forças superiores, porque essas mesmas medidas,
usadas contra um i-nimigo pior, que arruinaria a ordem social
e a propriedade, seriam ilícitas e imorais?
Um espírito equilibrado poderá esperar guiar
com êxito as multidões por meio de exortações
sensatas e pela persuasão, quando o campo está
aberto à contradição, mesmo desarrazoada,
mas que parece sedutora ao povo, que tudo compreende super-ficialmente?
O homem quer sejam ou não da plebe, guiam-se exclusivamente
por su-as paixões mesquinhas, suas superstições,
seus costumes, suas tradições e teorias sen-timentais:
são escravos da divisão dos partidos que se
opõem a qualquer harmonia razoável. Toda decisão
da multidão depende duma maioria ocasional ou, pelo
menos, superficial; na sua ignorância dos segredos políticos,
a multidão toma resoluções ab-surdas;
e uma espécie de anarquia arruína o governo.
A política nada tem de comum com a moral. O governo
que se deixa guiar pela moral não é político,
e, portanto, seu poder é frágil.
Aquele que quer reinar deve re-correr à astúcia
e à hipocrisia. As grandes qualidades populares - franqueza
e hones-tidade - são vícios na política,
porque derrubam mais os reis dos tronos do que o mais poderoso
inimigo. Essas qualidades devem ser os atributos dos reinos
cristãos e não nos devemos deixar absolutamente
guiar por elas.
Nosso fim é possuir a força. A palavra "direito"
é uma idéia abstrata que nada justifica. Essa
palavra significa simplesmente isto: "Dai-me o que eu
quero, a fim de que eu possa provar que sou mais forte do
que vós". Onde começa o direito, onde a-caba?
Num Estado em que o poder está mal organizado, em que
as leis e o governo se tornam impessoais por causa dos inúmeros
direitos que o liberalismo criou, veio um novo direito, o
de me lançar, de acordo com a lei do mais forte, contra
todas as regras e ordens estabelecidas, derrubando-as; o de
por a mão nas leis, remodelando as insti-tuições
e tornando-me senhor daqueles que abandonaram os direitos
que lhes dava a sua força, renunciando a eles voluntariamente,
liberalmente...
Em virtude da atual fragilidade de todos os poderes, nosso
poder será mais duradouro do que qualquer outro, porque
será invencível até o momento em que
esti-ver tão enraizado que nenhuma astúcia o
poderá destruir...
Do mal passageiro que ora somos obrigados a fazer nascerá
o bem dum governo inabalável, que restabelecerá
a marcha regular do mecanismo das existências nacio-nais
perturbadas pelo liberalismo. O resultado justifica os meios.
Prestamos atenção aos nossos projetos, menos
quanto ao bom e ao moral do que quanto ao útil e ao
ne-cessário.
Temos diante de nós um plano, no qual está exposto
estrategicamente a li-nha de que não nos podemos afastar
sem correr o risco de ver destruído o trabalho de muitos
séculos.
Para achar os meios que levam a esse fim, é preciso
ter em conta a covardia, a instabilidade, a inconstância
da multidão, sua incapacidade em compreender e dis-cernir
as condições de sua própria vida e de
sua prosperidade. É necessário compre-ender
que a força da multidão é cega, insensata,
sem raciocínio, indo para a direita ou para a esquerda
(2). Um cego não pode guiar outro cego sem levá-lo
ao precipício ; do mesmo modo, os membros da multidão,
saídos do povo,- embora dotados de espí-rito
genial, por nada entenderem de política não
podem pretender guiá-la sem perder a nação.
Somente um indivíduo preparado desde a meninice para
a autocracia é capaz de conhecer a linguagem e a realidade
políticas. Um povo entregue a si próprio, isto
é, aos ambiciosos do seu meio, arruinasse na discórdia
dos partidos, excitado pela sede do poder, e nas desordens
resultantes dessa discórdia. É possível
às massas populares raciocinar tranqüilamente,
sem rivalidades intestinas, dirigir os negócios de
um país que não podem ser confundidos com os
interesses pessoais? Poderão defender-se dos inimigos
externos? É impossível. Um plano, dividido por
tantas cabeças quantas há na multidão,
perde sua unidade, tornando-se ininteligível e irrealizável.
Somente um autocrata pode elaborar planos vastos e claros,
pondo cada cousa em seu lugar no mecanismo da estrutura governamental.
Concluamos, pois, que um go-verno útil ao país
e capaz de atingir o fim a que se propõe, deve ser
entregue às mãos dum só indivíduo
responsável. Sem o despotismo absoluto, a civilização
não pode existir ; ela não é obra das
massas, mas de seu guia, seja qual for (3). A multidão
é um bárbaro que mostra sua barbárie
em todas as ocasiões. Logo que a multidão se
apodera da liberdade, transforma-a em anarquia, que é
o mais alto grau de barbárie.
Vede esses animais embriagados com aguardente, imbecilizados
pelo álcool, a quem o direito de beber sem limites
foi dados ao mesmo tempo em que a liberdade. Não podemos
permitir que os nossos se degradem a esse ponto... Os povos
cristãos estão sendo embrutecidos pelas bebidas
alcoólicas; sua juventude está embrutecida pelos
estudos clássicos e pela devassidão precoce
a que a impelem nossos agentes, professores, criados, governantes
de casas ricas, caixeiros, mulheres públicas nos lu-gares
onde os cristãos se divertem. (4). No número
das últimas, incluo também as mulheres de boa
vontade a devassidão e o luxo das perdidas.
Nossa palavra de ordem é: Força e Hipocrisia.
Somente a força pode triunfar na política, sobretudo
se estiver escondida nos talentos necessários aos homens
de Estado. A violência deve ser um princípio;
a astúcia e a hipocrisia, uma regra para os governos
que não queiram entregar sua coroa aos agentes de uma
nova força. Esse mal é o único meio de
chegar ao fim, o bem. Por isso não nos devemos deter
diante da corrupção, da velhacada e da traição,
todas as vezes que possam servir as nossas finalidades. Em
política, é preciso saber tomar a propriedade
de outrem sem hesitar, se por esse meio temos de alcançar
o poder.
Nessa conquista pacífica, nosso Estado tem o direito
de substituir os horrores da guerra pelas condenações
à morte, menos visíveis e mais proveitosas para
conser-var o terror (5) que obriga os povos a obedecerem cegamente.
Uma severidade justa, mas inflexível, é o maior
fator da força dum Estado; não é somente
nossa vantagem, porém nosso dever, para obter a vitória,
seguir esse programa de violência e hipocri-sia. Semelhante
doutrina, baseada no cálculo, é tão eficazes
quanto os meios que em-prega. Não só por esses
meios, mas também por essa doutrina de severidade,
nós tri-unfaremos e escravizaremos todos os governos
ao nosso supremo governo (6). Basta-rá que se saiba
que somos inflexíveis para que cesse toda insubordinação.
Fomos nós os primeiros que, já na Antigüidade
(7), lançamos ao povo as pala-vras "Liberdade,
Igualdade, Fraternidade" (8), palavras repetidas tantas
vezes pelos papagaios inconscientes que, atraídos de
toda a parte por essa isca, dela somente tem usado para destruir
a prosperidade do mundo, a verdadeira liberdade individual,
ou-trora tão bem garantida dos constrangimentos da
multidão.
Homens que se julgavam inteligentes não souberam desvendar
o sentido oculto dessas palavras, não viram que se
contradizem, não repararam que não há
igualdade na natureza, (9), que nela não pode haver
liberdade, que a própria natureza estabeleceu a desigualdade
dos espíritos, dos caracteres e das inteligências,
tão fortemente submetidos às suas leis ; esses
ho-mens não sentiram que a multidão é
uma força cega ; que os ambiciosos que elege são
tão cegos em política quanto ela ; que o iniciado,
por mais tolo que seja, pode go-vernar, enquanto que a multidão
dos não-iniciados, embora cheia de gênio, nada
en-tende da política.
Todas essas considerações não abrolharam
no espírito dos cristãos ; entretanto, é
nisso que repousa o princípio dinástico dos
governos ; o pai transmite ao filho os segredos da política,
desconhecidos fora dos membros da família reinante,
a fim de que ninguém os possa trair. Mais tarde, o
sentido da transmissão hereditária dos verdadeiros
princípios da política se perdeu.
O êxito de nossa obra aumentou. Todavia, no mundo,
as palavras Liberdade, Igualdade, Fraternidade puseram em
nossas fileiras, por intermédio de nossos agentes cegos,
legiões inteiras de ho-mens que arvoraram com entusiasmo
nossos estandartes. Contudo, tais palavras eram os vermes
que roíam a prosperidade dos não-judeus, destruindo
por toda a parte a paz, a tranqüilidade, a solidariedade,
minando todos os alicerces de seus Estados. Ve-reis pelo que
se segue como isso serviu ao nosso triunfo; isso nos deu,
entre outras cousas, a possibilidade de obter o triunfo mais
importante, isto é, a abolição dos pri-vilégios,
a própria essência da aristocracia dos cristãos,
o único meio de defesa que tinham contra nós
os povos e as nações. (10).
Sobre as ruínas da aristocracia natural e hereditária,
elevamos nossa aristocracia da inteligência e das finanças.
Tomamos por critério dessa nova aristocracia a riqueza,
que depende de nós, e a ciência, que é
diri-gida por nossos sábios.
Nosso triunfo foi ainda facilitado pelo fato de, nas nossas
relações com os ho-mens de quem precisamos,
sabermos tocar as cordas mais sensíveis da alma humana:
o cálculo, a avidez, a insaciabilidade dos bens materiais,
todas essas fraquezas huma-nas, cada qual capaz de abafar
o espírito de iniciativa, pondo a vontade dos homens
à disposição de quem compra sua atividade.
A idéia abstrata da liberdade deu a possibilidade de
persuadir ás multidões que um governo não
passa de gerente do proprietário do país, que
é o povo, podendo-se mudá-lo como se muda de
camisa.
A removibilidade dos representantes do povo coloca-os à
nossa disposição; e-les dependem de nossa escolha.
Notas e comentários
(1) é o conceito judaico do direito naturalista de Espinoza.
A conferir com a famosa declaração, em discurso,
de Stalin: "Nós, os comunistas, não reconhecemos
nenhuma lei moral que de qualquer modo prejudique a liberdade
de ação do plano central da revolução".
Esta declaração dos "Protocolos",
de que o direito reside na força, está de acordo
com o Talmud, que, segundo as palavras do Prof. Cohen, em
abril de 1833, citadas às páginas 62 e 63 do
"Lichststrahlen am den Talmud", ("raios de
luz do Talmud"),de Dinter, "deve ser considerado,
ainda hoje, como a única fonte da moral judaica"
e como "a fonte judaica das leis judaicas".
O escritor judeu Kadmi Cohen, com efeito, no seu livro "Nômades",
págs. 52-53, diz que " o direito talmúdico
nega o fato e exalta a vontade". Cita o próprio
texto talmúdico que completa o conceito de residir
o direito na força: Ein davar havened Bifnei haraçon,
o que quer dizer: Nada pode resistir à vontade. Em
contraposição, o direito romano-cristão
se baseia em três preceitos morais: Honeste vivere,
viver ho-nestamente; neminem laedere, não lesar a ninguém;
e suum cuique tribuere, dar o seu ao seu dono. A diferença
é substancial e evidente.
(2)Cf. René Guénon, "La crise du monde moderne",
edição Bossard, Paris, 1927, pág. 185
: "A massa, sem dúvida, foi sempre conduzida deste
ou daquele modo, podendo-se concluir, porque ela não
passa dum elemento passivo, que é uma matéria
no senti-do aristotélico".
(3)Cf. E. Eberlin, escritor judeu, no "Les Juifs d'Aujourd'hui",
edição Rider, Paris, 1927, pág. 41: "A
alta burguesia judaica pretende impor seus pontos de vista,
aonde possa, à massa popular". (Eles mesmo admitindo...).
(4) O tráfico das brancas e dos entorpecentes (já
na época), a prostituição em larga escala,
devidamente industrializada (já na época), é
obra reconhecidamente judaica. Há uma sociedade internacional
denominada "Zwig Migdal", que explora esse rendo-so
negócio e contra a qual têm sido impotentes as
polícias dos Estados Modernos, corrompidos ou judaizados
e liberais. Ver a documentação reveladora em
Julio Also-garay, "La prostitutión en Argentine",
ed Denoel et Steele, Paris.
(5) O papa Bento XV compreendeu isso admiravelmente e preveniu
a cristandade em sua epístola Motu Proprio: "Eis
que amadurece a idéia e que a todos os piores fatores
de desordem ardentemente se devotam e da qual esperam a realização,
o advento du-ma República Universal, baseada nos princípios
da igualdade absoluta dos homens e na comunhão dos
bens, da qual seja banida qualquer distinção
de nacionalidades e que não reconheça nem a
autoridade do pai sobre os filhos, nem a do poder público
sobre os cidadãos, nem a de Deus sobre a sociedade
humana. Postas em prática, tais teorias devem desencadear
um regime de inaudito terror"....
(6) A República Universal, sem autoridade, isto é,
com a violência no lugar da auto-ridade, a que aludiu
Bento XV.
(7)Cf. Kadmi-Cohen,"Nômades", pág.
72: "Assim, nos corações semitas, para
falar como Ibn Kaldun, floresciam como realidades vivas a
Liberdade e a Igualdade, esses dois princípios gêmeos
que, depois não passaram de letras maiúsculas
inscritas nos preâmbulos das constituições
e na fachada dos edifícios públicos".
(8) Cf. Bernard Lazare, "L'Antisemitisme", vol II,
págs 175-176: "...os judeus acredi-taram, não
somente que a justiça, a liberdade e a igualdade podiam
ser soberanas do mundo, mas se julgaram com a missão
especial de trabalhar para esse reino. Todos os desejos, todas
as esperanças que estas três idéias faziam
nascer acabaram por se cris-talizar em torno duma idéia
central: a dos tempos messiânicos."
(9) Ver René Guénon, "Orient et Ocident",
pág. 64: "O preconceito quimérico da i-gualdade
vai de encontro aos fatos mais bem estabelecidos na ordem
intelectual co-mo na ordem física: é a negação
de toda a hierarquia natural e o rebaixamento de to-do o reconhecimento
ao entendimento limitado do vulgo".
(10) Um autor judeu reconhece isso, Jack London, quando escreve
à página 206 do "Le Peuple de L'Abime":
"Os grandes senhores feudais de antanho, gigantes louros
da história, marchavam à frente nas batalhas.
Sacrificavam sua pessoa, lutando dura-mente para ganhar suas
esporas de ouro, fendendo os inimigos ao meio. Havia mais
nobreza em manejar a espada de gume de aço do que em
enriquecer, como hoje, co-modamente sem risco, à custa
do embrutecimento humano e da exploração feroz
dos parias da vida".