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Ednilsom Montanhole

São Paulo

São Paulo

Cortado pelo Trópico de Capricórnio, na região Sudeste , São Paulo é o estado com a maior produção econômica, a maior população e o maior parque industrial do país. A capital, também chamada São Paulo, é uma das cidades mais importantes da América Latina, com intensa vida cultural e artística. Na Avenida Paulista, um dos símbolos da cidade, que abriga os casarões dos barões do café, está o maior centro financeiro do país. Grande parte da indústria paulista concentra-se na região metropolitana de São Paulo. No interior, cidades como Campinas, Sorocaba, Ribeirão Preto e Araçatuba destacam-se na agropecuária e agroindústria.

Essa riqueza e a grande população fazem com que o estado tenha um grande movimento turístico interno. As atrações vão de Campos do Jordão, estância de inverno na Serra da Mantiqueira, às praias do litoral norte , com parte da Mata Atlântica preservada. No litoral sul está a Estação Ecológica Juréia-Itatins, entre Peruíbe e Iguape, que conserva ecossistemas como restingas, manguezais e fauna e flora diversificadas. No Vale do Ribeira, no extremo sul do estado, além da Ilha do Cardoso, importante ecossistema preservado, está o Parque Estadual do Alto Ribeira (Petar), com a maior formação de cavernas do país.

FATOS HISTÓRICOS – Com a fundação de São Vicente em 1532, a primeira vila brasileira, Martim Afonso de Souza dá início à ocupação e ao povoamento de São Paulo e à colonização portuguesa no Brasil. Poucos anos depois, os colonizadores sobem do litoral para o planalto e fundam novos povoados, entre eles o de São Paulo de Piratininga, em 1554. A produção e exportação de açúcar não têm grande desenvolvimento, por isso crescem outros cultivos, como mandioca e milho, além da criação de gado – atividades apoiadas basicamente no trabalho escravo indígena.

Nas primeiras décadas do século XVII, os paulistas avançam pelo sertão em busca do trabalho indígena e de minas de ouro. Começam a organizar as "bandeiras" (ver Entradas e bandeiras). Na última década deste século, os bandeirantes paulistas descobrem ouro na região de Minas Gerais (ver Economia colonial no Brasil). Após os choques com os "emboabas" (ver Revoltas nativistas) vão para o Centro-Oeste, descobrindo minas de ouro em Goiás e no Mato Grosso nas décadas de 1720 e 1730. Essa intensa atividade dos bandeirantes contribui para a expansão territorial da colônia, mas daí por diante a capitania de São Paulo atravessa um longo período de estagnação e declínio.

A província só volta ao primeiro plano da vida nacional com a rápida expansão cafeeira, a partir da segunda metade do século XIX. Depois de ocupar o Vale do Paraíba, vindo do Rio de Janeiro, o café espalha-se por todo o interior paulista. A mão-de-obra escrava é substituída por milhares de imigrantes – portugueses, italianos, espanhóis, eslavos e japoneses. Exportado para a Europa e Estados Unidos pelo Porto de Santos, o café também impulsiona a construção de modernas ferrovias. A riqueza proveniente dos cafezais e de uma incipiente indústria sustenta a liderança paulista sobre o movimento republicano (ver Proclamação da República) e sobre a própria república, no seu primeiro período (ver República Velha). Mas a opção pela defesa intransigente do café diante da crise de 1929 provoca o rompimento dos acordos entre as oligarquias tradicionais, especialmente a "política do café-com-leite " entre São Paulo e Minas, e acaba por levar à Revolução de 1930.

Riqueza e pobreza – São Paulo ainda tenta reagir ao centralismo da "Era Vargas", na Revolução Constitucionalista de 1932, mas acaba derrotado. Não deixa de ser, porém, o pólo econômico de maior potencial do país. Torna-se a vanguarda da industrialização e da modernização brasileiras. Paralelamente à expansão agrícola (café, cana-de-açúcar, soja, milho, feijão, trigo, banana, laranja), o estado tem um extraordinário desenvolvimento industrial. Crescem a indústria de transformação (aço, cimento, máquinas e componentes etc.) e, principalmente, as indústrias de bens de consumo (tecidos, alimentos, remédios, higiene e limpeza) e bens duráveis (automóveis e eletrodomésticos) (ver Industrialização). Canalizando os grandes fluxos de investimentos das multinacionais americanas e européias e as grandes correntes migratórias internas (ver Movimentos migratórios), São Paulo aumenta enormemente a sua população, diversifica sua estrutura social e consolida a sua força econômica – hoje, responde por mais de 30% do PIB nacional . A riqueza e a pobreza, no entanto, ainda convivem lado a lado. Em parte porque o crescimento econômico do estado tem sido menor nas três últimas décadas, com os investimento buscando oportunidades mais rentáveis em outras regiões do país. Em parte porque a infra-estrutura urbana e industrial disponível está esgotada, sendo insuficiente para atender às demandas sociais de transporte, saúde, moradia e educação. Com isso, São Paulo ostenta hoje, ao lado da riqueza de vastas áreas do interior, o empobrecimento da sua região metropolitana.

Café

As primeiras mudas e sementes de café chegam ao Brasil no século XVIII, por volta de 1730, vindas da América Central e das Guianas. Mas é só a partir do início do século XIX que a cafeicultura ganha o interesse dos grandes proprietários. Torna-se rapidamente a principal atividade agrícola do país, responsável por mais da metade da renda obtida com exportação. A crescente importância econômica faz dos produtores de café de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais o centro da elite dirigente do império e da república, até quase a metade do século XX.

Expansão cafeeira – Das pequenas plantações nas vizinhanças da Corte, entre 1810 e 1820, os cafeeiros espalham-se por todo o vale do Rio Paraíba, primeiro na parte fluminense e depois na parte paulista e no sul de Minas. Em meados do século XIX, ocupam parte das terras das antigas lavouras de cana-de-açúcar e algodão e invadem o chamado Oeste Paulista, inicialmente a região de Campinas e Sorocaba, e em seguida Ribeirão Preto e Araraquara. No início do século XX, os cafezais cobrem uma extensa faixa paralela ao litoral das regiões Sul e Sudeste, que vai do Paraná ao Espírito Santo. A cafeicultura ganha a primazia entre as monoculturas exportadoras, desbancando a tradicional agricultura canavieira.

O sucesso e a vigorosa expansão da cafeicultura no Sudeste brasileiro durante o século XIX devem-se a uma feliz combinação de fatores. De um lado, uma conjuntura externa favorável, com o crescimento do consumo na Europa e nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, crise em importantes regiões produtoras, como Haiti, Ceilão e Java. Com isso, os preços mantêm-se em alta nos mercados consumidores. Por outro lado, no Brasil há terras e escravos subutilizados nas lavouras tradicionais de açúcar e algodão e solos novos e férteis, como as terras "roxas" no interior paulista.

A rápida expansão da cafeicultura cria também seu primeiro problema: a escassez de mão-de-obra provocada pela interrupção definitiva do tráfico africano em 1850. A solução encontrada é a atração de imigrantes estrangeiros, com apoio oficial. Nas últimas décadas do século XIX, as fazendas de café recebem milhares de imigrantes europeus – italianos, portugueses, espanhóis, alemães, suíços, eslavos – e asiáticos, que vêm trabalhar em regime de parceria, recebendo por produção. Com a substituição do trabalho escravo pelo trabalho livre, em parceria ou assalariado , a cafeicultura não apenas cresce como apressa o fim da escravidão.

Política do café – Nas primeiras décadas do século XX, a continuidade do crescimento é reforçada por uma política governamental bastante favorável aos interesses do setor, que garante crédito, formação de estoques e intervenções no câmbio para compensar eventuais baixas dos preços internacionais. Isso tem um efeito positivo: mantém o crescimento da cafeicultura, possibilitando aos fazendeiros investir parte de suas rendas em atividades comerciais e industriais, dinamizando a economia urbana. Mas tem igualmente um efeito nocivo: no final da década de 20, a produção interna (28 milhões de sacas anuais) cresce muito mais do que a demanda externa (15 milhões de sacas).

Depois da Revolução de 1930 e dos abalos provocados pela crise econômica mundial iniciada nos Estados Unidos em 1929, o governo Vargas mantém o apoio ao setor cafeeiro por meio do Departamento Nacional do Café e, ao mesmo tempo, decide impulsionar a industrialização brasileira. Para reduzir a oferta e melhorar os preços, manda queimar café estocado e erradicar cafezais, pagando pequena indenização aos produtores. A longo prazo, a produção e a exportação estabilizam-se, sob a supervisão do Instituto Brasileiro do Café, criado em 1952. Na década de 50, as exportações de café ainda representam mais da metade do total exportado e o Brasil mantém-se como o maior produtor mundial. Mas o reinado absoluto do café na economia brasileira chega ao fim. A cafeicultura e toda a atividade agroexportadora têm um poderoso rival no setor industrial, que, na segunda metade do século XX, é o carro-chefe do desenvolvimento econômico nacional.

Industrialização brasileira

Processo de expansão industrial ocorrido no Brasil nas décadas de 40 e 50. A partir da segunda metade dos anos 50, o setor passa a ser o carro-chefe da economia do país.

Os primeiros esforços para a industrialização do Brasil vêm do Império. Durante o Segundo Reinado (1840-1889), empresários brasileiros como Irineu Evangelista de Souza, o Visconde de Mauá, e grupos estrangeiros, principalmente ingleses, investem em estradas de ferro, estaleiros, empresas de transportes urbanos e gás, bancos e seguradoras. A política econômica, porém, privilegia a agricultura exportadora. Beneficiadas pelo investimento de parte das rendas do café e da borracha, as atividades industriais limitam-se a marcenarias, tecelagens, chapelarias, serrarias, moinhos de trigo, fiações e fábricas de bebidas e conservas . Metalúrgicas e fundições são raras. O país importa os bens de produção e parte dos bens de consumo.

Indústria de base – Os efeitos da crise de 1929 sobre a agricultura cafeeira e as mudanças geradas pela Revolução de 1930 modificam o eixo da política econômica, que assume um caráter mais nacionalista. Já em 1931, Getúlio Vargas anuncia a determinação de implantar uma "indústria de base". Com ela, o país poderia produzir insumos e equipamentos industriais e reduzir sua importação, estimulando a produção nacional de bens de consumo. As medidas concretas para a industrialização, contudo, são tomadas durante o Estado Novo, em 1937.

As dificuldades causadas pela 2ª Guerra Mundial (1939-1945) ao comércio mundial favorecem essa estratégia de substituição de importações. Em 1943, é fundada no Rio de Janeiro a Fábrica Nacional de Motores. Em 1946, começa a operar o primeiro alto-forno da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda, no estado do Rio. A Petrobras, que detém o monopólio da pequisa, extração e refino de petróleo, é criada em outubro de 1953. Todas elas são empresas estatais.

Anos JK – O nacionalismo da era Vargas é substituído pelo desenvolvimentismo dos anos JK (governo Juscelino Kubitschek , de 1956 a 1961). O governo implanta uma política tarifária protecionista. Amplia os serviços de infra-estrutura, como transportes e fornecimento de energia elétrica, atraindo grandes investimentos de capital estrangeiro. Com os investimentos externos estimula a diversificação da economia nacional, aumentando a produção nacional de insumos, máquinas e equipamentos pesados para mecanização agrícola, fabricação de fertilizantes, frigoríficos, transporte ferroviário e construção naval. A industrialização consolida-se com a implantação da indústria de bens de consumo duráveis, sobretudo eletrodomésticos e veículos, com o efeito de multiplicar o número de fábricas de peças e componentes. No início dos anos 60, o setor industrial supera a média dos demais setores da economia brasileira.

"Milagre econômico" – O desenvolvimento acelera-se e diversifica-se no período do chamado "milagre econômico" (1968-1974). A disponibilidade externa de capital e a determinação dos governos militares de fazer do Brasil uma "potência emergente" viabilizam pesados investimentos em infra-estrutura (rodovias, ferrovias, telecomunicações, portos, usinas hidrelétricas, usinas nucleares), nas indústrias de base (mineração e siderurgia), de transformação (papel, cimento, alumínio, produtos químicos, fertilizantes), equipamentos (geradores, sistemas de telefonia, máquinas, motores, turbinas), bens duráveis (veículos e eletrodomésticos) e na agroindústria de alimentos (grãos, carnes, laticínios). Em 1973, a economia apresenta resultados excepcionais: o Produto Interno Bruto (PIB) cresce 14%, e o setor industrial, 15,8%.

Já em meados dos anos 70, a crise do petróleo e a alta internacional nos juros desaceleram a expansão industrial. Inicia-se uma crise que leva o país, na década de 80, ao desequilíbrio do balanço de pagamentos e ao descontrole da inflação. O Brasil mergulha numa longa recessão que praticamente bloqueia a industrialização. No início dos anos 90, a produção industrial é praticamente a mesma de dez anos atrás.

Indicadores sociais – Sustentada na urbanização e em um modelo industrial, a modernização da economia brasileira é conservadora. Apesar de deixar de ser apenas um país agrário, exportador de alimentos e matérias-primas, e de desenvolver uma apreciável base industrial e tecnológica, há uma grande distorção na distribuição de renda.

A política industrial favorece alguns setores, como os de bens de capital e bens de consumo durável. Ao mesmo tempo, concentra os investimentos nas regiões Sul e Sudeste, principalmente em setores geradores de empregos e com efeito multiplicador da economia. No Nordeste os investimentos limitam-se a setores de consumo não-durável, como a indústria têxtil, que não tem um efeito dinâmico sobre a economia.O resultado é um alargamento das diferenças econômicas entre as regiões geográficas brasileiras e, dentro de cada região, entre as classes sociais. A situação torna-se crítica sobretudo nas áreas de saúde pública, habitação, alimentação e educação.

Brasil

O Brasil é uma república federativa, composta por 26 estados e o Distrito Federal. Quinto maior país do mundo, é dono de grandes diferenças geográficas, econômicas e sociais. Ainda assim possui uma notável unidade nacional sedimentada pela língua portuguesa, falada com sotaques variados, em todo o país. Seu povoamento, feito no sentido da costa para o interior, produziu sérias distorções na distribuição da população, agravadas mais tarde pela industrialização. O crescimento populacional tem sido mais lento a cada ano e já há uma diminuição relativa da população jovem.

Com o maior Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina e um dos maiores do mundo, o país convive hoje com uma moeda estável – o real. A redução drástica dos índices inflacionários contribuiu para uma pequena melhora na distribuição de renda. Há também uma redefinição do papel do Estado na economia . Leis protecionistas são abandonadas e reservas de mercado, liquidadas. Com isso, a indústria enfrenta a concorrência estrangeira no mercado interno e despencam os empregos no setor. A agricultura, apesar da baixa produtividade média, é ainda responsável por grande parte das exportações. No campo, a permanência de latifúndios improdutivos soma-se às reivindicações crescentes dos trabalhadores rurais sem-terra e fazem da reforma agrária uma das questões mais discutidas do país.

O analfabetismo cai e melhora a escolaridade entre crianças de 7 a 14 anos, mas a evasão e a repetência continuam crônicas no 1º grau . Próximo de vencer o desafio de atender a todas as crianças em idade escolar, o sistema de educação começa a passar por avalições qualitativas. Segundo o Índice de Desenvolvimento Humano adotado pela ONU para medir a relação entre o crescimento econômico e o bem-estar das nações, o Brasil ocupa o 63º lugar. As distorções regionais, no entanto, permanecem grandes e os mesmos critérios, aplicados ao Nordeste brasileiro, o colocariam em 120º lugar.

Regiões do Brasil

O IBGE classifica o país em cinco blocos territoriais com traços físicos, humanos, econômicos e sociais comuns. A divisão do país em regiões facilita o agrupamento de dados estatísticos e ajuda no planejamento de políticas públicas voltadas para áreas com necessidades semelhantes. Como nessa classificação as fronteiras das regiões devem coincidir com os limites dos estados, algumas áreas podem apresentar maior afinidade com parte da região vizinha. É o caso do norte de Minas Gerais, que apesar de estar na região Sudeste, é semelhante ao semi-árido nordestino; e com o oeste do Maranhão, que mesmo estando na região Nordeste, tem características próprias da região Norte. A última mudança na área das regiões ocorre em 1988, quando Tocantins é desmembrado de Goiás, estado da região Centro-Oeste, e incorporado à região Norte.

Norte – Formada pelos estados do Acre , Amapá , Amazonas , Pará , Rondônia , Roraima e Tocantins .

Marcada pelo clima equatorial. Durante o inverno, a parte oeste da região sofre a ação de frentes frias. A vegetação característica é a Floresta Amazônica, principal atrativo para o turismo. É a região que mais cresce, devido aos movimentos migratórios, e a maioria da população concentra-se às margens dos rios. A economia regional tem por base o extrativismo vegetal (látex, açaí, madeiras, castanha) e mineral (garimpos de cassiterita, ouro, diamantes, estanho), além da exploração de minérios em grande escala, como na Serra dos Carajás (PA) (ferro) e na Serra do Navio (AP) (manganês). Parte dessas atividades, praticadas de forma clandestina, contribui para a destruição da Floresta Amazônica. Um dos grandes problemas da região são os conflitos envolvendo garimpeiros e índios, que causam inúmeras mortes. No centro dessa disputa estão as riquezas minerais das reservas indígenas. Há falta de infra-estrutura energética: a única grande usina é Tucuruí, no Rio Tocantins (PA), leste da região.

Nordeste – Formada pelos estados do Maranhão , Piauí , Ceará , Rio Grande do Norte , Pernambuco , Alagoas , Sergipe , Paraíba e Bahia .

A maior parte da região tem clima tropical. Nas depressões entre planaltos do sertão e no Vale do Rio São Francisco, na Bahia, há clima semi-árido, marcado pela caatinga. O litoral, entre o Rio Grande do Norte e a Bahia, foi coberto pela Mata Atlântica, destruída para permitir o plantio de extensos canaviais. A economia é baseada na agroindústria do açúcar e do cacau, praticada em grandes latifúndios com métodos primitivos. Há exploração de petróleo, tanto em terra quanto na plataforma continental, processado a seguir na refinaria Landulfo Alves, em Salvador, e no pólo petroquímico de Camaçari (BA). Na região costeira, o turismo está em crescente desenvolvimento. Na maior parte da região, no entanto, é grande a pobreza. Para isso contribuem a grande concentração de terra e as escassas possibilidades de acesso da população à educação. A dificuldade de sobrevivência obriga uma parte da população a migrar para outras regiões do país na busca de melhor qualidade de vida.

Sudeste – Formada pelos estados do Espírito Santo , Rio de Janeiro , de Minas Gerais e São Paulo .

Os climas predominantes são o tropical atlântico (litoral) e o tropical de altitude (planaltos). A cobertura vegetal original, a Mata Atlântica, foi quase inteiramente devastada durante a ocupação, em especial pela expansão do café. A região recebe uma grande quantidade de brasileiros de outras regiões, em sua maior parte vinda do Nordeste. A economia é a mais desenvolvida e industrializada do país, produzindo desde aço e cimento até automóveis e aviões. Concentra também a maior parte das multinacionais. Nessa região estão os maiores rebanhos bovinos (de corte e leiteiro), além de destacada produção de cana-de-açúcar, laranja e café, cultivados com bom padrão técnico e razoável produtividade. Conta com reservas de ferro e manganês na Serra do Espinhaço (MG), e de petróleo, na Bacia de Campos (RJ). O turismo é explorado principalmente no litoral e nas cidades coloniais de Minas Gerais.

Sul – Formada pelos estados do Paraná , Santa Catarina e Rio Grande do Sul .

O clima subtropical, com as temperaturas mais baixas do país, predomina na região. Além de resquícios de matas de araucárias, o sul de região é coberto por campos de vegetação rasteira. A economia desenvolveu-se a partir da agropecuária e capitalizou recursos que, nas últimas décadas, permitiram a instalação de um ativo parque industrial nas áreas metropolitanas de Porto Alegre (RS) e Curitiba (PR). A agricultura em larga escala faz uso de técnicas modernas aplicadas às principais culturas: trigo, soja, arroz, milho, feijão e tabaco. Nos pampas destaca-se a pecuária, com rebanhos de linhagens européias (hereford, charolês). A suinocultura é praticada no oeste do Paraná e de Santa Catarina em associação ao cultivo de milho para ração. Destaca-se também, no oeste catarinense, a grande concentração de frigoríficos. Há ainda exploração de madeira de pinho, no Paraná, e do carvão mineral, no sul de Santa Catarina. Na região serrana do Rio Grande do Sul e no litoral do Paraná e Santa Catarina há um grande movimento turístico.

Centro-Oeste – Formada pelos estados de Goiás , Mato Grosso do Sul , Mato Grosso e Distrito Federal.

O clima é tropical, com chuvas de verão. A vegetação é de cerrado nos planaltos e muito variada no Pantanal. Na década de 60, a transferência da capital federal para Brasília e a construção de rodovias aceleram o povoamento. A região recebe migrantes do Sul e Sudeste do país. Com isso a economia regional, que havia regredido para a agropecuária de subsistência depois do declínio dos garimpos de ouro e diamantes, foi substituída pela pecuária extensiva e pelo cultivo de soja, milho, algodão e arroz, praticados em grandes latifúndios. A beleza natural do Pantanal é o que mais atrai turistas à região. Lá estão também as maiores reservas de manganês do país, no maciço de Urucum, ainda pouco exploradas devido ao difícil acesso.

Texto gentilmente cedido por André do Canto Silva ( andresti@sti.com.br )