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"Navego, absôrto, inteiro
despido enfim, Da telúrica ânsia, mornos prazeres, Sobre as imensidões ermas dos seres, Onde deuses pisam seus pés de marfim." Podemos viver quase uma vida, siameses, simbiontes, sinérgicos,
e não conhecermos nosso objeto da
mais sincera dedicação, especialmente se for humano. Permitir tanta
promiscuidade seria, então, desespero inútil? Batalha de Pirro? Vivemos desta umbilical premissa, nem sempre esperamos artérias
e veias nos comunicando. Às vezes e quase sempre na maioria delas,
satisfazemo-nos com apenas uma via. E geralmente - por que não
dizer inexoravelmente? - parte de nós.
10 de junho de 2005. |