Fizemos
500 anos. O que mudou?
Quando há 500 anos atrás chegaram os portugueses no
Brasil, e com eles depois os Bandeirantes, os índios da " terra mãe" se
tornaram uma equipe de atletismo.
Para escapar das balas e do aço de suas espadas tiveram
que fugir de sua própria morada para não serem mortos ou transformados em escravos.
Estima-se que no ano de 1500 havia 5 milhões de índios no Brasil. Hoje eles são 300.000
(0,2% da população e ocupam 12% do território brasileiro).
A tribo Goyá foi totalmente dizimada, não existe mais sua
língua e não se sabe como viviam. Os homens brancos com o poder nas mãos só querem
saber de mandar, daí vem a expressão: " tem muito cacique para pouco índio".
A imposição de uma nova religião aos índios foi o
começo do fim. Hoje em dia há enormes igrejas com construções monstruosas e não são
mais cultuados os deuses da natureza como os índios faziam. O verbo foi conjugado no
tempo correto " faziam", pois é tanto lixo em nosso mundo que os índios que
sobraram logo cultuaram em vez do sol, o buraco na camada de ozônio; ao invés das
árvores, os prédios; ao invés dos animais, os carros e ao invés do Deus
"Tupã" será o FMI.
E o FMI a cada dia que passa regula mais nosso modo de
viver, logo não poderemos mais ouvir nossa MPB, teremos que comprar tudo dos países de
primeiro mundo, pois o Brasil é um imenso criadouro de cantores, mas que muitas vezes
não tem a chance de se mostrarem. O que adianta boas músicas, se o que mostram para
nosso povo são apenas músicas "sem pé, nem cabeça", ensinam apenas a
balançar a " bundinha".
Você já perguntou a alguém que só ouve o que a
industria cultural coloca na mídia: - Quem foi Bach?
E outro dia no Programa do Jô, ouvi o jornalista Mário
Prata falar de um livro virtual que tratava de " Consórcio de Puta", misturar a
sexualidade com a promiscuidade. Não sei se ele tem criatividade demais ou se o Brasil
tem assuntos de maior importância de menos.
Por que ele não fala sobre a Indústria Cultural no Brasil
ou da escravidão que ainda assola muitos brasileiros? Talvez seja mais fácil escrever o
seu livro on line sem ter que sair de sua cadeira. |