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"A arte me faz feliz"

Paulo Cheida Sans, artista plástico, professor da PUC Campinas há 21 anos, conta um pouco de sua trajetória.

No dia trinta de abril de 1955, nasce Paulo Cheida Sans, na cidade de Campinas. Seus pais moravam na cidade de Santa Bárbara D’Oeste, só que neste período a cidade não tinha maternidade, sendo assim, Paulo Cheida nasceu em Campinas.

Campineiro de nascimento, barbarense de coração, o artista plástico tem histórias para contar. Começou a se interessar pelo mundo da arte não como uma profissão mas, como algo que gostava de fazer. "Não comecei a carreira com interesse no dinheiro que poderia ganhar, comecei porque a arte me faz feliz", diz Paulo Cheida.

A primeira exposição veio aos 9 anos, no Salão do Teatro Municipal, em 1964. Ganhou em 1966 um prêmio Infantil promovido pelo Jornal Correio Popular, ao desenhar um personagem do Maurício de Souza. No Salão Estudantil do Colégio Progresso em 1967, ganhou medalha de ouro. Participou em 1971, do Terceiro Salão Paulista de Arte Contemporânea, no MASP.

Sua primeira exposição no exterior foi em Paris, representando a América Latina em 1976. O trabalho de Paulo Cheida tem a magia de unir o erudito e o popular, o pensamento artístico a espontaneidade das coisas simples. Pois, um dos problemas que existe é o distanciamento da Teoria de Arte do público. As pessoas vão a uma exposição mas, não entendem nada. Os discursos de muitos teóricos dizem que para se entender a arte precisa-se de muito conhecimento, e isso não é verdade. " A arte deve ser avaliada e criticada por quem vê, esse é o primeiro passo", diz Paulo Cheida.

O reconhecimento internacional de Paulo Cheida vem de suas gravuras que imprimem um traço que qualquer pessoa que conhece seu estilo o conhecerá em qualquer lugar. Há animais e homens de nariz grande, terno e chapéu.

Mas, o que é gravura? Essa técnica é pouco difundida no Brasil. A gravura é mais demorada e mais difícil que a pintura, de um modo geral os artistas optam pela pintura pela sua rapidez. Os críticos dão pouca atenção para os gravadores que expressão sua arte através da Xilogravura, técnica aplicada na madeira; Calcogravura, gravação em metais(cobre, zinco, latão); Litografia, técnica na pedra; Serigrafia no naylon; Linogravura, realizada na borracha; essas são as principais mas, pode-se misturá-las e formas outras técnicas.

Segundo Paulo Cheida, o artista brasileiro tem grande capacidade de criação, talvez seja devido a tendência do trabalho brasileiro ser mais alegre, mesmo enfrentando dificuldades de sobrevivência, através da obra ele tem a força da denúncia, " é uma arma contra o inimigo", dizia Picasso.

Um ponto positivo por um lado e negativo por outro, é que, as pessoas não estão preocupadas se estão comprando um trabalho artístico, elas compram um objeto de decoração. Paulo Cheida diz que isso é normal acontecer mas, comenta que esse artista sabe apenas mostrar sua habilidade de pintar ou desenvolver outra obra no material que escolheu. Deixa de lado o sentimento pela obra e o valor que ela representa.

Lembrando que via de regra as obras passam a valer mais, tanto em valor como em sentimentos, quando o artista morre, mostram os fundamentos, as fases do artista, uma seqüência e os que pintam para decoração estão fadados ao esquecimento.

O que forma o artista hoje é o seu reconhecimento pelos amigos, museus, exposições, a mídia e o trabalho sempre renovado. A ascensão depende exclusivamente da sociedade, sua formação está ligada a formação de ídolos que a sociedade idealiza.

 Paulo Cheida Sans recebe título Internacional

"Man of the Year 1999"

O artista plástico Paulo Cheida Sans, recebeu o título internacional, "Man of the Year 1999" ( 0 homem do ano de 1999). O título foi entregue pelo American Biographical Institute, fundado em 1967, com sede em Raleigh, na Carolina do Norte, Estados Unidos, que além de publicar livros e dicionários, têm como um dos aspectos de sua atuação, apontar nomes de pessoas que se destacam no mundo cultural e intelectual.

O prêmio lhe foi concedido devido ao montante de sua participação como artista e intelectual em diversos eventos do exterior, valorizando a arte brasileira. Participou em mais de 80 exposições no exterior, tais como: o evento PUR/IMPUR realizado em Aix-en-Pce, na França; a exposição no Museu de Arte de Portland, nos Estados Unidos; também participa de Bienais Internacionais de Gravura, no qual é um dos principais representantes do Brasil nessa técnica.

Muitas obras de Paulo Cheida estão guardadas em acervos no exterior, na Bulgária estão 10 gravuras, em Cuba estão mais 6, há também obras na Bolívia, Chile, Canadá, Áustria, Portugal, Finlândia; o Brasil também guarda um pouco de sua arte no Museus de Arte Contemporânea, USP, em São Paulo; Casa da Cultura da América Latina, em Brasília; Museus de Arte Contemporânea de Campinas "José Pancetti", em Campinas e outros locais, que somam uma média de 50 gravuras.

O próximo passo será a organização da 1ª Bienal Internacional de Gravura "Olho Latino", que será realizada no Centro Cultural de Jaguariuna, a abertura será no dia 14 de outubro e se realizará até 05 de novembro. Contará com a participação de gravuras da Alemanha, Bélgica, Japão, Uruguai e Brasil, também terá a participação especial do Centro de Pesquisa da Gravura do Instituto de Artes da Unicamp.

E mesmo diante de seu reconhecimento internacional Paulo Cheida completa, " não tenho vontade de sair do país para morar no exterior, a coragem maior é de estar onde estão precisando do artista. Tenho orgulho de ser brasileiro."

Odair Furnielis