Quando eu te vejo assim tão solitário,
Tenho a impressão de ver amargo pranto
Rolar em fios do teu rosto santo,
Herói de pedra, velho Seminário.
Como uma enorme interjeição de espanto
Interrogas ao céu do teu fadário:
E tudo é mudo ao grito funerário
Que parte do teu peito. No entretanto,
Consola-te: Talvez teu largo seio
De mil recordações já estava cheio,
E os últimos alunos te deixaram.
Para museu de tantos, tantos anos
De sonhos, ilusões e desenganos
De todos quantos já por ti passaram.