Ensinando Bebês a Ler
Bebês podem ler?
Quando ouvi falar sobre esse assunto (em um programa de TV e em um livro), duvidei que fosse possível! Foi a partir de algumas descobertas e experiências realizadas (sem nenhum compromisso e sem estar buscando esse objetivo) que constatei que realmente é possível ensinar bebês a ler.
Para conhecer os programas de computador (gratuitos) e o método que utilizei para dar apoio ao aprendizado da leitura, visite minha página sobre programas educativos, "clique" aqui.
Para ver as fotos mais recentes da Tatiane, clique aqui!
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Minha filha Tatiane, que fez 3 anos no dia 30 de março de 98, aprendeu a ler antes de começar a falar. Perto de 24 meses de idade, ainda não estava falando como os outros bebês (parentes e vizinhos) da mesma idade dela. Certo dia, a Tatiane (que, repito, ainda não dizia nenhuma palavra completa, apenas balbuciava sons desconexos) apontou para a revista que eu estava lendo e disse "A". O dedo dela estava sobre a letra "A" realmente, mas pensei que fosse coincidência. A seguir ela correu o dedo sobre o papel e colocou sobre uma letra "B" e a pronunciou. Coincidência? Minha mulher virou-se para nós e vendo que algo estava acontecendo. Ficamos ambos alertas, prestando atenção na Tatiane, esperando seu próximo movimento. Ela novamente correu o dedo pela revista, colocou o dedinho sobre um "C" e, de maneira muito clara, pronunciou a letra. Preciso dizer o quanto ficamos impressionados? |
Nas semanas seguintes, ela voltou a apontar para letras e pronunciá-las, sempre de maneira espontânea, acabamos nos acostumando com isso. Algumas crianças aprendem a dizer o nome de objetos ao seu redor, aprender o nome de símbolos gráficos não é muito diferente, pensamos.
Diversas atividades levaram-na a esse estágio (nenhuma delas com o objetivo consciente de ensiná-la a ler) e uma delas foi o programa de computador que criei para "proteger o Windows": como eu trabalho em casa e deixo o computador ligado o tempo todo, precisava garantir algum meio de evitar que ela mexesse nos meus textos abertos. Assim sendo, sempre que eu deixava o micro, acionava o "Programa da Tati", um software simples que responde com sons cada vez que uma tecla é pressionada. Com essa brincadeira diária ela aprendeu a brincar no computador e, sem querer, aprendeu também a soletrar as letras individualmente. Antes disso, com 12 meses de idade, quando dava ainda seus primeiros passos, ela habitualmente aproximava-se do computador e "sem querer" deletava alguns ícones. Fiz diversos programas diferentes entre os 12 e os 24 meses de idade dela, o programa original que tocava sons foi substituído por um que pronunciava as letras e foi a partir dele que ela aprendeu a identificá-las. Minha intenção, ao criar os programas, era apenas proteger meu trabalho e meus arquivos, mas também não queria proibi-la de "imitar o papai". | |
Após esse estágio
inicial, quando ela já conhecia todas as letras e os
algarismos, começamos a utilizar alguns métodos
alternativos para ensino de bebês. Minha esposa
Patrícia, pacientemente, fez várias "sessões de
leitura" semanais e logo a Tatiane estava também
reconhecendo e lendo diversas palavras. Desenvolvi alguns
novos programas para a Tatiane, para servir de apoio à
curiosidade dela. Pensei, diversas vezes, em colocar os programas da Tatiane à disposição das pessoas interessadas, mas os programas de computador que utilizei não estão suficientemente desenvolvidos para distribuição. Ainda pretendo, em breve, acrescentá-los à lista de "download". Minha preocupação, nesse momento, é que as pessoas possam ver meus programas de computador como uma fórmula mágica para ensinar os bebês a ler e que isso possa ser prejudicial às crianças, eu ainda procuro informações sobre os perigos que isso poderia causar ao desenvolvimento natural dos bebês. |
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Legião de bebês leitores
Apesar de serem confundidos com crianças superdotadas, bebês que podem ler parecem existir em bom número. Diversas pessoas, ao conhecerem a Tati, relatam terem conhecido outras crianças que também aprenderam a ler muito cedo. Para muitos profissionais, o caso da Tati não espanta tanto quanto espanta as outras pessoas. Conversando com professores que trabalham com crianças e que, portanto, lidam com um universo de crianças muito maior que o conhecido por mim, o número de casos conhecidos, aparentemente é muito maior do que eu imaginava.
Situações embaraçosas
Com um bebê de 2 anos de idade que já lê e que conhece as capitais dos estados brasileiros e de cerca de 30 países, fica difícil evitar que as pessoas mais próximas e os parentes se impressionem e tratem a Tatiane de uma maneira diferente. Para nós, pais, esse tipo de atenção diferenciada acaba causando alguma apreensão. Além disso, os parentes gostam de exibi-la como "um fenômeno", tornando difícil que ela tenha relações normais com outras crianças, seus passeios com tios e avós são interrompidos para expô-la a exibições desnecessárias. A Tatiane acostumou-se com isso, claro, mas esse comportamento "deslumbrado" dos parentes, não deixa de ser um transtorno para nós. Às vezes ficamos constrangidos, é muito difícil convencer os avós dela que expor a Tatiane à desconhecidos não vai trazer nenhum benefício a ninguém! Felizmente o assédio tem diminuído com o tempo e a própria Tati parece estar mais desinteressada destas "atividades intelectuais". Uma temporada na praia, longe de suas leituras preferidas (almanaques e enciclopédias, onde encontrava novas informações sobre bandeiras e capitais) fez com que perdesse o hábito de consultar o atlas cada vez que um parente em visita perguntava por uma capital que ela não conhecia. Ela ainda lembra a maioria das capitais que já aprendeu, mas parece pouco interessada em aprender novas.
Situações engraçadas
Com a bateria de perguntas que surge sempre que alguém começa a testar o quanto ela conhece, algumas pessoas às vezes perguntam capitais que não conhecem. A Tatiane já deixou alguns desconhecidos embaraçados ao perguntar de volta alguma capital que também não conhecia: "Polônia? Não sei. Qual é a capital da Polônia?". Perguntas assim deixam algumas pessoas envergonhadas de terem perguntado algo que também não sabiam, como se alguém as tivesse flagrado fazendo algo errado...
É comum alguém insistir em perguntas sem sentido, como: "qual é a capital da Ásia?". Alertadas de que a Ásia não é um país, algumas pessoas até se desculpam (por quê?), mas é interessante que e Ásia seja tão confundida com um país. Também, nessa linha, é bem comum encontrar pessoas que se surpreendam ao saber que á África do Sul é um país e não uma região ou continente...
Como temos, nos últimos meses,
"escondido" a capacidade de leitura da Tatiane,
é muito comum que pessoas associem suas atividades
espontâneas de leitura com coincidências: "Olha,
que estranho, ela disse exatamente o que está escrito
aqui!" Em fevereiro, há algumas semanas atrás, Isabel, a filha de 5 anos de nossa vizinha, estava brincando com a Tatiane e veio espantada anunciar à mãe: "mãe, a Tatiane já sabe ler"! A mãe da menina, sem dar atenção à observação da filha, explicou: "Não, filha, a Tatiane tem apenas 2 anos, com essa idade ninguém tem a capacidade de ler ainda"... Isabel, evidentemente, foi mais perpicaz que sua mãe, mas diante da posição de um adulto, achou melhor concordar... Victor, 1º de abril de 1998 |
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Tatiane 1997 |
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