Coronel Edson Ferrarini Site não oficial. Dedicado à este que tem salvo muitas vidas do sofrimento DEFINIÇÃO HISTÓRICO Muitíssimo antes da descoberta do crack, nos Estados Unidos os índios das montanhas de Santa Marta fumavam folhas de coca moída com pedra calcárea. Em 1983, nas Bahamas, se iniciaram-se os estudos psiquiátricos sobre as alterações comportamentais dos usuários de crack. Em 1983, um policial nova-iorquino ouviu pela primeira vez a palavra que lembra o estado da cocaína durante a fritura-"crack". Em 1986, ela saiu no The New York Times e acendeu-se a pedrinha da percepção social. Chegara ao mercado uma das drogas mais violentas. Em 1988, foi introduzido no Brasil. Em 1994, ganha espaço entre as drogas mais consumidas. FASES DO USO DO CRACK O crack em estado gasoso (fumaça) chega imediatamente aos alvéolos pulmonares (próximos da circulação sangüinea). A área de absorção pulomonar é 200 vezes maior que a via nasal (inalada). Via alvéolos, o crack entra na circulação e começa a atuar nos órgãos mais irrigados do corpo,especialmente o cérebro. Uma vez no SNC (Sistema Nervoso Central) age diretamente nos neurônios. São eles que, diante de uma mensagem elétrica, liberam os neurotransmissores químicos que atravessam os hiatos, ou sinapses entre os nervos, mandando a mensagem para a frente. O crack bloqueia a recaptura do neurotransmissor dopamina (do efeito estimulante). Essa substância fica mais tempo na região de comunicação entre dois neurônios e estimula o outro neurônio da rede. Resultado: hiperestimulação da atividade motora, sensação de bem-estar, euforia. -Aumenta a pressão arterial e a freqüência dos batimentos cardíacos, risco de enfarte e derrame cerebral. Em overdoses os efeitos podem se prolongar levando ao coma. Nesses casos, há possibilidades de lesão dos neurônios. O crack é metabolizado no fígado. Os produtos da metabolização são eliminados pelos rins através da urina. OBSERVAÇÕES GERAIS A cocaína na forma de crack chega ao cérebro em apenas 15 segundos. O ápice de ação é alcançado em 30 segundos. São de 5 minutos, em média, os efeitos de onipotência, euforia e sensação de bem-estar. Logo vem a queda, os efeitos vão embora e a tendência é uma depressão, fadiga, mal-estar. O contrário do ápice. O mais comun é ficar horas seguidas em busca de novos ápices. (pitando até a exaustão.) São surpreendentes e imensuráveis os danos físicos, mentais e sociais ocasionados pelo crack. É muito nocivo pois chega ao cérebro concentrado e rapidamente.
Cria dependência gravíssima em menos de três meses de uso. Segundo Avital Ronnel (autora do livro Crack Wars): "O crack desaponta a noção de prazer que se espera de uma droga. Ele é um estado puro da necessidade de ficar drogado, só tem a ver com a necessidade de fumá-lo".
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