Coronel Edson Ferrarini Site não oficial. Dedicado à este que tem salvo muitas vidas do sofrimento
Acho que neste mundo ninguém procurou descrever o seu próprio cemitério.
Sinto muito, meu pai; acho que este diálogo e o último que tenho com o
senhor.
Sabe, pai, está em tempo do senhor saber a verdade que nunca nem desconfiou. Vou ser breve e claro. Bastante objetivo. AS DROGAS me mataram. Travei conhecimento com minha assassina, AS DROGAS, aos 15 ou 16 anos de idade. É horrível, não pai? - Sabe como nós conhecemos isso? Através de um cidadão elegantemente vestido; bem elegante mesmo, e bem falante, que me apresentou a minha futura assassina: AS DROGAS. Eu tentei recusar, tentei mesmo; mas o cidadão mexeu com o meu brio dizendo que eu não era homem. Não é preciso dizer mais nada, não é pai? Ingressei no mundo das DROGAS.
No começo foram as torturas, depois o devaneio, e a seguir a escuridão. Não fazia nada sem que a DROGA estivesse presente.
Sabe, pai, a gente quando começa acha tudo ridículo e muito engraçado.
Até DEUS eu achava ridículo, e hoje no leito de um hospital, eu reconheço que
DEUS é o mais importante de tudo no mundo, e que sem a ajuda dele eu não
estaria escrevendo esta carta.
Diga a todos os jovens que o senhor conhece, e mostre a eles esta carta.
Por favor, faça isso meu pai, antes que seja tarde demais para eles. Perdoai-me, pai. Já sofri demais. Perdoai-me também por faze-lo sofrer pelas minhas loucuras. ADEUS, MEU PAI. Depois desta carta o jovem morreu. Caso verídico - Hospital 23 de Maio - São Paulo - Capital.
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