Veio Ver
VERÍSSIMO ?
Fragmento...
![](lfv1.gif)
A Arte Oriental da Sedução
(extraído de "Amor
Brasileiro")
O Karatê, o Kung-fu
e o Etcete-rá difundiram, no Ocidente, as artes marciais
do Oriente. Desenvolvidas durante séculos de autodisciplina,
introspecção e luxações da mão,
as artes orientais de ataque e defesa são hoje praticadas
em todo o mundo por um público cada vez mais interessado
nesta mistura de ritual religioso, condicionamento físico
e prático método de destruir telhas. Poucos sabem,
no entanto, que enquanto os guerreiros orientais aperfeiçoavam
a sua arte de matar ou incapacitar o inimigo, um grupo dissidente
, isento do serviço militar por obscuras razões
morais, desenvolvia outra técnica de confrontamento pessoal,
menos difundida mas igualmente oriental: o Ache-gô, ou a
arte da sedução sub-reptícia do milenar sexo
oposto.
Existe muita semelhança
entre o Ache-gô e as artes marciais. Como estas, o Ache-gô,
através de séculos de experiência, tapas na
cara e novas experiências, chegou a uma depuração
final dos pontos vulneráveis do corpo humano e, no caso,
feminino. Um adepto do Ache-gô deve decorar a localização
precisa destes pontos para, na hora do leão da montanha
sorver a água da vertente azul, saber exatamente onde atacar.
Treine, de preferência com uma prima. Um mestre de Ache-gô
pode colocar o dedo no Vão dos Suspiros (ver descrição
abaixo) antes mesmo de que sua presa se refaça da surpresa
de vê-lo pular de trás do armário. Como introdução
à arte do Ache-gô, aqui estão os principais
pontos de acesso aos favores femininos, quando tudo o mais falhou.
Recorte, decore, amasse e engula antes que ela descubra:
![](fig1.jpg)
desenho: Veríssimo
a) Um pouco abaixo do ouvido
direito fica um nervo, muito conhecido no Oriente mas pouco usado
entre nós, que afeta diretamente a parte do cérebro
feminino que trata da Fantasia, do Raciocínio Rápido
e da Localização das Chaves do Carro. Aproximando
sorrateiramente por trás, pressionando este ponto e perguntando
"Adivinhe quem é ?" você ouvirá,
maravilhado, ela dizer "Alain Delon !" Você tem
exatamente sete minutos até que o equívoco se desfaça.
Depois ela o jogará fora como as chaves do carro.
b) A Paleta de Vênus,
numa tradução algo livre do coreano. Com um pretexto
qualquer (por exemplo: "Não se mexa, tem um escorpião
no seu peito !") aperte o local com força, com o dedão.
Imediatamente, num reflexo condicionado, ela colocará os
dois braços em volta do seu pescoço e não
conseguirá removê-los durante uma hora. Meia hora,
se você apertar a Paleta com o indicador. A partir desta
situação, improvise. Declare-se surpreso. Tente
repelir seu avanço. Finalmente, sucumba, e boa sorte. Como
ela achará mais difícil explicar o que está
fazendo com os braços em volta do seu pescoço do
que resistir, você não terá problemas. Em
caso de dificuldade, aperte o ponto A (ver acima). Ela jamais
recusará o Alain Delon.
c) Pressionando o cotovelo
de um jeito especial (com o tempo, e sempre tendo o cuidado de
proteger o estômago contra o revide, você pegará
a prática) faça-a desmaiar em seus braços.
Leve-a para o seu apartamento. Quando ela abrir um olho, aperte
o ponto A e o ponto B ao mesmo tempo, rápido. Se isto falhar,
tente o ponto C de novo. Se nada der certo, diga para ela não
se preocupar, foi uma indisposição passageira, você
acaba de telefonar para os pais dela, para um médico, a
polícia, os bombeiros e uma assistente social e que todos
chegarão dali a instantes. Nesse meio tempo, ligue a eletrola
e ofereça uma bebida.
d) O Vão dos Suspiros.
Batendo com o dedo neste ponto, você a terá quando
quiser, para o resto da vida. Muito cuidado, no entanto. A poucos
centímetros do Vão dos Suspiros está o Vale
das Sombras. Ao menor contato seu com essa região, ela
se transformará no Toni Tornado. Se isso acontecer, corra.
e) Não é nada,
não. É um sinal que o modelo tinha na perna.
f) Beije o seu calcanhar
ardorosamente. Não acontece nada, mas ela pode ficar enternecida,
achar você estranho, interessante. Sei lá. Sempre
há uma chance.
g) Coloque uma pulseira de
brilhantes aqui e faça aquele olhar de "E o meu ?"
LFV
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