| O Candango no Brasil | |
| A denominação inicial do MUNGA produzido no Brasil era "Jipe DKW-VEMAG". Este era o termo utilizado nos primeiros manuais de proprietário. Posteriormente, a Vemag passou a designar o produto como "Candango". Veja a capa do folheto de lançamento do Jipe DKW-Vemag com motor 1000 (foto gentilmente cedida por Álvaro Mello, colunista da revista Jipemania), provavelmente de 1959, visto que os modelos 58 ainda possuíam o motor de 900cc. |
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| Através do catálogo de peças verificamos que a substituição de alguns emblemas com o logotipo DKW-VEMAG por outros com o logotipo CANDANGO ocorreu tardiamente, em relação à quantidade total de veículos produzida, como, por exemplo, o botão de buzina. O botão da buzina com emblema Vemag foi montado nos carros produzidos até os números de série 6015 (Candango-4) e 1535 (Candango-2). A partir destes números eram montados os botões com o emblema Candango. | |
| A Vemag fabricou 7.848 unidades do jipe Candango durante os quatro anos que esteve em produção, de 1958 à 1962 (apenas 20 unidades foram produzidas em 1963). As variações na produção foram poucas. O modelo produzido no Brasil era cópia do Munga-4 alemão. Digno de nota foi a solução adotada pelos projetistas da Vemag para as 4 portas introduzidas no modelo brasileiro. Alguns dos primeiros Jipes DKW (pre-Candango) produzidos no Brasil (modelo 1958) apresentavam a disposição clássica para a abertura das 4 portas, conforme pode ser observado na foto do jipe no topo desta página, bem como no jipe 58 mostrado no topo da página principal. Esta disposição porém, foi logo abandonada em favor da abertura da porta dianteira conforme utilizada nos automóveis da marca naquela época, isto é, invertida em relação à que conhecemos atualmente (vide foto ao lado). |  |
| A grade dianteira do jipe também
sofreu uma modificação estilística: os primeiros
modelos 58 ainda possuíam uma grade idêntica ao do
modelo alemão, a qual, infelizmente, foi logo
substituída por outra, mantendo-se porém o quebra-mato.
A partir do modelo 61, o quebra-mato foi suprimido da
grade dianteira, numa infeliz tentativa de amenizar o
estilo "fora-de-estrada" do jipe. Outras diferenças entre o modelo brasileiro e o alemão foram as seguintes: - O pneu estepe do Candango foi fixado no centro da parte traseira do veículo, no Munga-4 ele era fixado mais à direita, deixando espaço para a colocação de um camburão de gasolina. - O Candango saía de fábrica sem sinalização de direção, possuía apenas uma lanterna traseira, fixada no lado esquerdo da parte traseira, que iluminava também a placa de licença do veículo. No Munga-4, as lanternas (com sinalização de direção) eram embutidas nos dois pára-choque traseiros. A tração integral permanente nas 4 rodas do Candango não agradou ao consumidor brasileiro, acostumado à tração inserível nas rodas dianteiras dos modelos concorrentes. Para atingir a faixa de consumidores que utilizavam o jipe Candango predominantemente no asfalto, muitas vezes até retirando o eixo cardã de maneira a "desligar" a tração traseira (deixando o jipe "mais solto"), a Vemag lançou o Candango-2, com tração apenas nas rodas dianteiras. Neste modelo, a alavanca do freio de estacionamento foi deslocada para o lado esquerdo do motorista e acionava, por meio de cabos de aço, os dois freios traseiros. O Candango-4 por sua vez permanecia com a alavanca do freio de mão no meio dos bancos dianteiros e seu acionamento atuava sobre um pequeno tambor na entrada do diferencial traseiro, imobilizando assim o eixo cardã. O Praiano foi uma variante do Candango-2 introduzida pela Vemag em 1962. Como o próprio nome indica, era indicado para atividades de lazer em uso urbano e no litoral. O modelo, disponível na cor azul claro, possuía rodas de aro 15 e era oferecido sem portas e capota. |
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