Um grande problema em Torneios é justamente o que pode fazer uma ótima
competição ou simplesmente acabar com o evento: JUÍZES.
Se você é um juiz, a chave do negócio é controlar o torneio desde o início e fazer os
jogadores fazerem o trabalho por você.
Para isso, uma grande dica é o juiz nunca ficar parado muito tempo no mesmo lugar. Se ele
não se mexe, os jogadores rapidamente descobrem qual é usa posição e saber exatamente
quando podem continuar atirando ou quando deve admitir que foi acertado.
Se o juiz se move o tempo todo nenhum jogador pode saber precisamente onde ele estará
quando ele (o jogador) for alvejado. Isto fará com que o jogador pense duas vezes antes
de continuar atirando depois de morto, principalmente com as regras da NPPL de "Um
por um" que nestes casos tira do jogo o jogador desonesto e mais um do seu time. Com
certeza o jogador pego nesta situação dificilmente repetiria a façanha. O juiz deve se
mover sempre, mesmo que tenha que sair de uma posição de onde possa ver muito be3m para
uma onde não seja tão boa, pois é sempre bem melhor que os jogadores não tenham
certeza de usa posição do que ficar num lugar de boa visibilidade durante todo o jogo e
todos os jogadores conhecerem esta posição, descobrindo quais os pontos cegos, o que ele
consegue ou não consegue ver. Não precisa ser uma corrida constante por dentro do campo.
É o que o jogador não sabe que ajuda a manter o controle do jogo. Os jogadores
geralmente pensam bem mais se devem ou não admitir espontaneamente que foram atingidos.
PERDA DE CONTROLE:
Os juizes perdem o controle quando se envolvem em discussões com um jogador que eles
acabaram de tirar do jogo.
Os juizes têm que manter várias coisas em mente o tempo todo:
1. Isto é um serviço . Não há nada de pessoal. Você deve fazer o seu serviço da
melhor forma possível e não ficar ofendido se sua decisão for desafiada. Isto não quer
dizer que o jogador não possa ser penalizado se insistir em ficar no campo reclamando e
discutindo. Ele certamente pode e será penalizado, mas nunca num momento de raiva de
juiz. Você como juiz, só estará no controle se puder controlar seu gênio em primeiro
lugar.
2.Deixe que o jogo seja ganho ou perdido no campo. Você não tem que agir como um
déspota todo poderoso antes ou durante o jogo ameaçando os jogadores com o que você vai
ou não tolerar. Não desenhe linhas na areia, pois isto fará com que os jogadores façam
de você um inimigo antes mesmo de você apitar o início do jogo. Este tipo de
comportamento antagonista só tornará seu trabalho como juiz mais difícil, fazendo com
que surjam sentimentos e discussões sobre você estar contra o time desde o início.
3.Por outro lado, não seja excessivamente amigável. Você é um oficial. Sua
neutralidade é crucial à sua habilidade de fazer um trabalho de maneira imparcial e
justa. Você deve estender esta aura de neutralidade aqueles a quem você está prestes a
julgar. Para manter o controle os jogadores têm que saber que amizades e estórias
passadas não terão a menor influência em como você se conduzirá como juiz. Se um
jogador achar que você será complacente com ele, ele tentará tirar vantagem disso e
sendo você complacente ou não, isso gerará controvérsia.
4.Mostre que você está interessado no jogo. Juizes que passam a impressão de que
prefeririam estar fazendo outra coisa (mesmo que não seja o caso) são um convite para
comportamento desonesto, pois os jogadores tendem a pensar que se o juiz não está mesmo
interessado, não se importará em penalizar jogadores. Mesmo no meio do segundo dia de um
torneio na chuva depois de ter apitado dez jogos e ainda ter mais uns oito pela frente
você não deve mostrar falta de interesse.
5. Assista os jogadores, não os jogos. Seu serviço não é assistir o desenrolar dos
jogos, a não ser para tentar prever o impacto que isto pode ter sobre o jogadores que
você vai ter pela frente. Preste atenção nos alvos, não nas ações e através de seus
movimentos certifique-se de que os alvos saibam que eles são realmente o centro de sua
atenção.
Lembre-se sempre: CONTROLE É A CHABE DO SUCESSO DO JUIZ. Com isso os jogadores verão o
evento como uma competição que vale a pena e valorizarão muito os seus esforços.
Esta matéria foi tirada da revista Paintball Sports International de Agosto/98, sem
adição de comentários e faz parte do material de treinamento dos juizes da NPPL
(National Professional Players Leaugue - U.S.A.).
Versão: Tânia A B. Huamani - Mercenários Paintball Supply
Paintball News Brasil / Ano III n°46 1998 pag.10
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