PROJETO TAMAR |
O Projeto TAMAR (Tartaruga Marinha) é um projeto criado em 1980 pelo IBDF, atual IBAMA com a
finalidade de proteger as cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil
(Caretta caretta, Chelonia mydas, Dermochelys coriacea, Eretmochelys
imbricata e Lepidochelys olivacea).
O que faz
O Projeto TAMAR realiza importante trabalho de educação ambiental junto aos turistas e as
comunidades litorâneas, cumprindo também uma função social através do envolvimento destas
comunidades no trabalho de preservação.
Nas áreas de desova há o monitoramento da praia pelos tartarugueiros e pesquisadores. Eles marcam
as nadadeiras anteriores, identificando o animal com um número individual e uma inscrição com o
endereço do TAMAR e a solicitação de que seja notificado quando e onde aquela tartaruga foi
encontrada. Quando isso acontece, é possível estudar o comportamento da desova, as rotas
migratórias, e fazer um controle da população. É feita, ainda, análise biométrica para cada
espécie, medindo o comprimento e a largura do casco.
Nas áreas de alimentação de juvenis e sub-adultos de tartarugas marinhas o TAMAR monitora as redes
de pesca e outras formas de armadilhas para peixes que possam existir nos locais, para verificar a
incidência de captura acidental de tartarugas. Uma vez encontradas, essas são identificadas, muitas
vezes recuperadas através de desafogamento e ressuscitação cárdio-pulmonar, e então medidas e
marcadas a fim de que se possa estudar seu ciclo de vida, padrão de crescimento e rotas migratórias.
O Projeto TAMAR desenvolve continuamente atividades de pesquisa visando a aumentar os conhecimentos
sobre o comportamento das tartarugas marinhas e aprimorar técnicas que possam contribuir para o
trabalho de preservação das espécies.
Como ajudar
Não compre, e denuncie quem capturar ou vender produtos oriundos das tartarugas marinhas, tais
como: ovos, carne, enfeites, cremes, etc.
Para maiores informações visite o site do
Projeto TAMAR na internet.
No início foi feito o levantamento da real situação das tartarugas no país. O Brasil já possuiu
uma grande população de tartarugas, que alimentou desde os índios às famílias de pescadores do
último final de século, passando por colonizadores, comerciantes jesuítas, etc. O hábito de
matar as fêmeas que sobem às praias para a desova, fez com que a população, outrora abundante,
fosse quase extinta.
Para reverter esse quadro, o Projeto TAMAR decidiu estabelecer campos de trabalho nos principais
pontos de reprodução para garantir a preservação das espécies. Foram escolhidas, inicialmente,
a Praia do Forte, na Bahia; Pirambu, em Sergipe, e Regência, no Espírito Santo. De lá para cá
somam-se 21 estações que garantem o nascimento aproximado de 350 mil filhotes por ano.
Cerca de 300 pescadores trabalham para o Projeto TAMAR em todo o país. Eles são os tartarugueiros,
que patrulham as áreas de proteção, fiscalizando os ninhos. Também desenvolve projetos sociais,
como creches e hortas comunitárias, e outros que oferecem fontes alternativas de renda, como
confecções, artesanato, programas de ecoturismo, programa de guias-mirins e várias atividades de
educação ambiental.
Oferece ainda, atividade de educação ambiental junto a escolas e instituições.
Os ninhos que estiverem em locais de risco são transferidos para trechos mais protegidos ou para
os cercados nas bases do TAMAR, onde são reproduzidas as condições normais para a incubação dos
ovos.
Quando os filhotes saem à superfície, são contados, identificados e soltos para seguirem até o
mar.
Para descrever as populações de tartarugas marinhas são realizados estudos genéticos (DNA
mitocondrial) e outros que revelam informações sobre comportamento de reprodução, condição de incubação
de ninhos, distribuição espacial e temporal de ninhos para as diferentes espécies e áreas de
reprodução, além de comparativos referentes a temperatura de ninhos e incubação em locais
diferentes.
Quando avistar uma tartaruga, mesmo morta, comunique imediatamente a base mais próxima do
projeto.
Visite e ajude a divulgar o Projeto TAMAR junto a seus amigos, parentes, colegas, etc. Nas
bases
do projeto você poderá ver tartarugas vivas em tanques, assistir fitas de vídeo e exposições
sobre o trabalho do Projeto TAMAR, além de poder adquirir camisetas, bonés e outros souvenirs.