Ampliando
Por: Rubia A. Dantés - rubia.americano@terra.com.br


O ampliar da consciência se dá devagar e à medida que vamos podendo acessar novos patamares...

É como quando subimos uma montanha, e acreditando que já chegamos onde estava o que buscávamos... construímos nossa casinha aí... e ficamos muito tempo desfrutando daquelas coisas novas e tão bonitas que encontramos...

Pensamos que ali tem tudo que pode nos satisfazer.

Então... depois de muito... ou de pouco tempo... descobrimos uma pequena trilha que nunca antes tinha nos chamado a atenção... mas por algum motivo... nesse dia vamos por essa trilha. No subir mais um pouco descobrimos que, desse ponto da montanha... avistamos muito mais longe... e enxergamos coisas novas que nem avistávamos do lugar onde construímos nossa casinha, que nos dá tanta segurança... A visão que temos daí é muito maior e abrange lugares que antes não enxergávamos e nem sabíamos que existiam.

Nos falta o ar por um tempo... Aqui a sensação é maravilhosa... Mas é tudo tão novo... Tão desconhecido... Tão amplo e ilimitado... O que fazer então?

Voltar pra antiga casa que construímos com tanto amor e que nos acolheu por tanto... ou por pouco tempo... mas... que nos dá segurança... É tão conhecida e controlável... E esquecer que aquela trilha nos mostrou que existem coisas muito mais além daquelas que imaginávamos como finais... Que existem outras coisas que até contradizem aquelas que considerávamos como verdades... e em que baseamos nossas ações com tanta certeza... Ou... Avançar...

Quando uma consciência se amplia ou quando uma coisa nova nos é revelada e sentimos que aquilo bate como verdade profunda, muitas vezes tudo que era nosso modo de pensar antigo fica balançado, porque essa nova verdade vai de encontro ao que enxergávamos antes. Ou, mesmo que não vá contra, amplia àquela visão antiga de uma forma que nos parece assustadora, porque nos mostra o muito que ainda tempo pela frente.

Aqui vem um sentimento de muitas coisas juntas... Medo do desconhecido... Falta de chão quando o velho modo de ser já não te dá mais segurança... Medo de não dar conta de explorar todas as novas possibilidades que estão se oferecendo...

Esse é um intervalo onde o velho já não satisfaz, mas... o novo ainda assusta.

Relaxar e confiar que o Grande Mistério só nos leva até onde damos conta de ir.

Sem pressa então... deixamos na antiga casa o que precisa ser deixado... e levamos conosco o que ainda vai ser útil... na nova casa que vamos construir... a partir da nova visão que estamos tendo... aqui... Desse ponto... onde... a trilha que seguimos por acaso... Nos levou...

No avançar rumo ao desconhecido... recebemos as ferramentas que vamos precisar pra explorar essa nova consciência que se descortina cada vez que damos um passo além...

Obtido no site SOMOS TODOS UM