1) Mastigação x
Digestão
Sua influência em nossa saúde é muito maior do que podemos imaginar. Na
mastigação inicia-se a função digestiva.
Quando mastigamos os sólidos são transformados em partículas, que são misturadas com a saliva, que contém uma enzima, responsável pela digestão dos alimentos ricos em amido.
Se não mastigarmos bem, dificultamos a digestão, causando fermentações,
azia e gases. Em contrapartida, se o alimento é bem salivado, não sentimos
necessidade de beber líquidos nas refeições.
Ao triturarmos bem os alimentos, evitamos um trabalho excessivo do
estômago e a fermentação gástrica que forma toxinas no organismo. A
correta mastigação resolve a maioria dos problemas de gases e gastrite.
Para a saúde dos dentes a mastigação é importantíssima. Se não utilizamos
devidamente os dentes, estes perdem sua função e enfraquecem.
A mastigação também serve como um excelente medidor para a quantidade
adequada de alimentos que devemos ingerir. Durante o processo de
mastigação o corpo vai recebendo avisos e se preparando quimicamente para
a assimilação dos nutrientes, até o momento em que dá sinais de apetite
saciado.
Desta forma, sem enchermos demais o estômago, ele terá espaço para
movimentar-se, liberando o suco gástrico que irá se misturar com a comida.
Quando comemos muito rápido, engolindo a comida, o ponto de satisfação
será quando o estômago estiver bem cheio, dolorido de tão dilatado.
Engolindo pedaços grandes de comida, aumentamos o trabalho do estômago e
não o preparamos bioquimicamente para realizar um bom trabalho digestivo.
2) Mastigação x Paladar
Paladar, sentido através do qual tomamos consciência do que ingerimos e
que está intimamente ligado ao nosso instinto de sobrevivência. O paladar
é importantíssimo para selecionarmos do meio em que vivemos, o que é
importante ou não para que nosso organismo funcione com harmonia.
Por esse motivo o gosto deve ser muito percebido e o alimento bem
saboreado, até a última partícula. E, para sentirmos o paladar, a
mastigação tem aqui outro papel importantíssimo: mastigando com
tranqüilidade, identificamos o sabor de cada alimento e pela nossa
sensibilidade poderemos reconhecer a função alimentos e temperos em nosso
organismo.
Pelo sabor, o estômago e os intestinos começam a liberar enzimas
digestivas. Mas existem alguns fatores que nos impedem de cumprir
corretamente esta função: compulsão, gula, ansiedade, tensão, preocupação
e correria.
3) AliMenditação
Para a prática da mastigação adequada, necessitamos de autocontrole, de
nos acalmarmos alguns instantes e exercitarmos a paciência e o auto amor.
Praticar uma atitude de tranqüilidade.
Nos primeiros dias será difícil, mas com o tempo o hábito será
desenvolvido de forma a tornar-se espontâneo.
A cada refeição ou lanche, procurar mastigar com calma, saboreando, até
transformar o sólido em líquido, só engolindo quando não sobrar qualquer
partícula de alimento.
Vale mais a pena uma refeição pequena, mas bem mastigada; do que engolir
da forma que estamos habituados, quando boa parte do alimento não é
aproveitada, além de favorecer fermentações, que produzem toxinas e gases.
Escolha um horário em que tenha mais tempo, alimente-se com calma,
celebrando o momento. Mastigar também é um exercício de meditação,
autocontrole e concentração, que por sua vez reduz ansiedades.
Mastigar é uma simples atenção que pode modificar totalmente o rumo dos
hábitos alimentares.
4) A quantidade altera a qualidade
É importante sairmos da mesa satisfeitos, mas nunca com o estômago
totalmente cheio. Quando se inicia o processo digestivo a saciedade
aumenta.
Quando comemos em excesso são produzidas fermentações no estômago e
intestinos que intoxicam o corpo, e roubam nossa inteligência e
produtividade.
5) Não beber líquido nas refeições
Penso, que este é um hábito massacrante, criado pela industrialização dos
refrigerantes e sucos.
Se salivamos bem os alimentos, não precisamos ingerir líquidos que diluem
o suco gástrico e as enzimas, prejudicando a digestão.
Além disso, se adquirimos o hábito de tomar mais água (Ver Os 5
alimentos), chás e sucos durante o dia, dificilmente será necessário
ingerir líquidos durante a refeição.
6) Alimentar-se com tranqüilidade
Tenha sempre em mente que o ato de se alimentar deve ser de prazer e
satisfação. Procure estar sempre em local agradável e bem acompanhado.
Preferível só que mal acompanhado. Quando só, procure estar ouvindo música
relaxante e se concentrar no ato da mastigação e do prazer de estar se
alimentando.
Evitar preocupações, tensões, discussões, brigas etc., pois paralisam o
sistema digestivo.
7) Postura correta
Se a coluna vertebral está encurvada, devido às poltronas "confortáveis",
macias, ou a má postura adquirida, é produzida uma alteração no tubo
digestivo, fazendo com que saia de sua colocação correta. O estômago é
pressionado, dificultando dessa forma seu trabalho, detendo a comida mais
tempo no órgão.
Com a coluna ereta, os órgãos da digestão são colocados na posição correta
e natural, facilitando a atuação da força da gravidade em puxar a comida
para baixo, completando seu trajeto de forma natural.
8) Alimentos excessivamente quentes ou gelados
A digestão do alimento só é iniciada quando ele alcança a temperatura do
organismo, podendo atrasar inclusive, a digestão daqueles alimentos que já
estavam no estômago. Devemos fazer com que atinjam a temperatura ideal,
quando ainda estiverem na boca, misturando-os bem com a saliva.
9) O jantar e o Lanche Noturno
O sono é o momento de descanso, quando recuperamos as energias gastas
durante o dia. Mas é durante o sono que o nosso corpo cresce e
rejuvenesce, porque é neste momento de repouso, que o corpo aproveita para
fazer as reposições e construções celulares.
Quem tem o mau hábito de fazer um jantar farto, pode até acordar no dia
seguinte com alimentos sendo digeridos no estômago, pois quando dormimos a
digestão é muito lenta. Se passamos o período de sono digerindo, as três
coisas serão malfeitas: 1º) o ato de dormir, pois o corpo não descansará,
2º) o ato da reposição celular (rejuvenescimento), pois o corpo estará
desviando energias e atenção para algo que ele não deveria estar fazendo,
e 3º) o ato de digerir, pois não é o momento para isso.
Entretanto, se dormirmos com o estômago praticamente vazio, contendo
somente um pequeno lanche leve, realizado cerca de 30 minutos antes de
deitar-se, o sono será perfeitamente recuperador e regenerador.
Na prática da Alimentação do 3º Milênio, é comum dormir menos
horas, já que o que mais importa é a qualidade do sono e não a quantidade
de sono.
A outra vantagem é acordar com muita vitalidade e apetite no dia seguinte,
gerando o hábito saudável de tomar um bom dejejum (Ver Sucos
Desintoxicantes).
Conclusão: O ideal é realizar um jantar leve umas 3-4 antes de deitar e um
pequeno lanche leve noturno meia hora antes de deitar-se.
Obtido no site SOMOS TODOS UM